USP cria portal para dar suporte a ex-alunos

publicado no Jornal do Campus

Novo portal para antigos alunos oferece troca de experiência e ajuda mútua entre usuários

Lançado em 26 de outubro, o Portal Alumni foi criado para coletar informações a respeito de ex-alunos e oferecer suporte profissional. O Alumni disponibiliza atualmente três ferramentas para os usuários, e lançará uma nova versão na segunda quinzena de dezembro que contará com outros dois serviços. Além de reunir dados a respeito dos que já se formaram, o portal busca estimular a cultura de preservação para com a Universidade. Segundo dados do portal, essa cultura ainda não existe em todas as unidades da USP.

“A ideia foi formar um ambiente virtual para atrair os antigos alunos. Então nós começamos a pensar várias maneiras de como esse antigo aluno se sentiria atraído”, diz Marina Gallottini, coordenadora do escritório Alumni. A solução encontrada foi a criação de serviços disponíveis para o usuário a partir do portal. As ferramentas que a versão atual permite aos usuários cadastrados trocarem experiências sob a forma de mentoria (assim, um usuário com mais experiência pode oferecer aconselhamento profissional a outro), localizar outros ex-alunos que estejam próximos para que entrem em contato, e oferece também um endereço de e-mail da Alumni USP, caso o usuário deseje. A nova versão que será lançada em dezembro oferecerátambém a oportunidade de vagas de emprego e estágio a serem anunciadas somente dentro da comunidade Alumni (essa ferramenta será chamada balcão de oportunidades), e também possibilitará acesso aos documentos e dados digitais da USP através da VPN (Virtual Private Network) – atualmente, só podem utilizar o serviço de VPN aqueles que ainda não se formaram.

Dados obtidos pelo portal mostram que as unidades da USP que mais aderem ao Alumni, proporcionalmente, são a Escola de Enfermagem, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), a Escola Politécnica, o Instituto de Matemática e Estatística (IME) e o Instituto Oceanográfico (IO). Dentre as que menos aderem, estão a Faculdade de Direito, a Faculdade de Educação Física e Esporte (EEFE), o Instituto de Psicologia e a Faculdade de Educação. Gallottini afirma que foi feito um levantamento com as 42 unidades da USP, constatando-se que apenas cerca de 25 possuem associações de ex-alunos. “A ideia é, em novembro, promover uma reunião com todos os presidentes de associações de ex-alunos, para ouvir um pouco essa comunidade externa, atraí-los para a base, e mostrar justamente que o nosso objetivo não é competir com essas associações, mas sim trocar informações”, afirma a coordenadora.

Essa cultura de preservação estimulada pelo Alumni  não teria, porém, o aspecto de doações monetárias, pelo menos neste momento. A plataforma ainda não disponibiliza a opção para o usuário realizar doações para a USP, já que esse não seria o principal objetivo do projeto. “A gente não tem essa cultura aqui na maioria das unidades e nós não queremos implementar isso agora. Esse não é o momento. Isso afugentaria, jogaria água fria no nosso projeto. O objetivo principal não é esse”, ressalta Marina. As doações privadas para a Universidade são, atualmente, feitas no âmbito de cada unidade através das associações de ex-alunos. A Faculdade de Medicina, por exemplo, lançou recentemente o “FMUSP Endowment”, (assunto tratado na edição 445 do Jornal do Campus), fundo dedicado exclusivamente a recolher doações para a faculdade de Medicina. Já a Escola Politécnica possui algo semelhante desde 2012, com o programa “Amigos da Poli”. A USP, institucionalmente, traçou oficialmente suas diretrizes a respeito da forma de doações para a Universidade em dezembro de 2015, com o Programa “Parceiros da USP”. Já o Alumni, ao invés de buscar doações em dinheiro, seria uma forma da Universidade conhecer o antigo aluno e tentar melhorar a condições para os alunos atuais, com base nas experiências relatadas pelos usuários. “Seria um objetivo mais acadêmico, de um suporte aos ex-alunos, de aprimoramento profissional, e também dessa questão de você começar a aguçar uma cultura de preservação e de orgulho da universidade”, completa. Atualmente, o portal considera que são ex-alunos aqueles que realizaram graduação, mestrado, doutorado, doutorado direto e mestrado profissional – os cursos chamados de stricto sensu. Os demais tipos de curso oferecidos pela universidade ainda não são aceitos pelo portal.